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Enquanto os meses de minha nova estadia nos “esteites” passavam eu procurava desenvolver algum tipo de habilidade que meus anos de militância no Brasil, ainda não havia me proporcionado. Conheci diferentes organizações e pessoas interessantes, que possuíam o mesmo desejo de ver o mundo de outra forma, mais humano e mais igualitário. Essas pessoas/organizações, de forma sutil me fizeram ver o mundo ainda mais amplo e mais dinâmico. Além da juventude, que já era meu objeto de estudo e militância, aprendi que deveria somar outras questões ao meu debate. Abrir o leque para reconhecer a importância das discussões sobre a emancipação das mulheres; os direitos civis e sexuais dos GLBTs; o respeito ao idoso, ao deficiente, a criança e ao adolescente; a liberdade religiosa; ao estado laico; a participação político-cidadã, entre outras temáticas, me fez/faz a cada dia mais humano.


Enquanto tudo isso borbulhava em minha mente, um novo projeto surgia e com ele a certeza de que ao redor do mundo outras pessoas andam desenvolvendo coisas tão interessantes que precisavam ser conectadas. O novo projeto, com diferentes parcerias, deu vida a Revista Geração Z qual pretendia ser um periódico eletrônico de caráter internacional e que conseguisse conectar de forma inovadora e dinâmica a ciência e a comunidade. Sua primeira publicação aconteceu no mês de maio e que nos primeiros dias de sua divulgação teve seu website fora do ar devido ao grande tráfico de acessos ao redor do globo... ebaaaaa \o/


Em junho, mês do meu retorno ao Brasil, depois de muito conversar, planejar e organizar, foi o momento de dar um passo muito grande, maior do que as pernas, como diria minha mãe. A viagem a Nova Iorque, além de ser muito divertida foi para dizer “SIM” em frente uma juíza de paz que me uniu em matrimônio. Já casadíssimo e com certidão na mão era hora de voltar para casa.


O meu retorno ao Brasil me fez cair diretamente nos protestos que estavam acontecendo. Enquanto eu “assistia” de longe, também eu protestava online, fazendo plaquinha de “Marco Feliciano não me representa” e exercendo meu papel político. Na chegada ao Brasil no dia 19 de junho, me dou de cara com diversas manifestações, inclusive na minha pequena cidade de interior do estado de Pernambuco. Eu como bom militante e já há mais de um ano sem participar de nenhum tipo de manifestação como essa (com exceção da que eu participei em Benton Harbor, estado de Michigan/EUA) juntei meu cansaço e fui ao protesto. Participei do protesto em Surubim/PE no dia 20 de junho e do de Caruaru/PE em 22 de junho.


Paralelo a isso, de forma online (ainda quando estava nos EUA), assessorava, de forma voluntária, a Comissão Eleitoral para criação do Conselho Municipal da Juventude de Surubim e quando cheguei em Surubim, pude acompanhar de perto o processo e participar pessoalmente do mesmo. Ainda, estávamos organizando a festa de comemoração dos três anos de fundação do Instituto de Protagonismo Juvenil – IPJ que encerrou suas festividades com a realização do II Seminário Perspectivas de Juventude que no mesmo dia deu posse ao Conselho Municipal da Juventude de Surubim.

 

Participei do I Seminário Estadual sobre Saúde da População LGBT, da Conferência Municipal de Educação, da Conferência Municipal de Cultura, da Conferência Municipal, Regional e Estadual de Igualdade Racial, do I Seminário O Estatuto é Nosso, do II Seminário de Formação para Conselheiros e Gestores de Juventude de PE e recentemente do IV Encontro Nacional de Conselhos de Juventude. Durante menos de 6 meses que estou de volta ao Brasil, já abracei diversas causas e participei de diversas discussões que tem contribuído bastante para realizar todas as atividades que venho desenvolvendo em parceria com diferentes pessoas e organizações.


Falar das conquistas pessoais e profissionais seria, pelo menos, mais umas duas páginas, porém o que eu gostaria de destacar é minha recente inscrição em seleção de mestrado. Primeiro na inscrição do Mestrado em Direitos Humanos na UFPE, que não tive muito êxito nas etapas e já fui desclassificado logo no início. Depois no Mestrado em Educação, Culturas e Identidades na UFRPE qual já fui aprovado nas duas primeiras fases de prova de conhecimento e de apresentação do projeto de pesquisa, restando-me agora apenas a prova de idioma. Enquanto sobre as conquistas profissionais destaco principalmente o trabalho como pesquisador na Escola de Conselhos de PE.


Sei que muito poderia ter feito em 2013, mas realizei o mais importante em minha opinião, prezar para que meu estado de espírito permanecesse evoluindo, desviando da corrupção, da descrença, do medo e da falta de amor e respeito ao próximo. Sei que em 2014 essas conquistas e desafios apareceram em dobro, mas sei também que aquilo que me fez continuar seguindo esse árduo caminho em 2013 será minha esperança para o novo ano que logo chegará.


Ao meu amor, minha flor, meu bb, a minha rosa que foi cativada dedico esse ano que foi de muitos desafios, conquistas e aprendizado. Que 2014 chegue chegando...

 

 

 

Surubim, 26 de dezembro de 2013.

 

 

 

José Aniervson Souza dos Santos

Especialista em Juventude  - FAJE

O que Vi, Vivi e Ouvi em 2013: uma retrospectiva de minha militância

2013 foi um ano cheio de novas experiências e desafios. Depois de passar dois meses em trabalho voluntário na África e decidir deixar o projeto (toda minha história de voluntariado você pode ler aqui), volto as terras americanas em janeiro para iniciar uma nova etapa de minha vida. Nesse período muita coisa precisava se ajustar, inclusive refazer os projetos de vida, pessoais e profissionais. A vida de volta aos EUA, embora parecesse mais simples, por questões culturais e de compreensão da língua, me apresentava uma série de desafios, quais eu precisava vencer todos eles, mas dessa vez eu não estaria sozinho (aliás, eu nunca estive).

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